quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Saltos em distância de motocicletas

(Fig. 1)

O dublê de cinema Evel Knievel (Fig. 1) realizou vários saltos impressionantes nos anos 1960 e 1970, nos quais subia uma rampa guiando uma motocicleta, saltava por cima de vários carros e caminhões e aterrissava em outra rampa. Ele costumava executar os saltos com sucesso, mas uma vez perdeu o controle da motocicleta durante a aterrissagem e ficou gravemente ferido. Em 1978, um jovem tentou um salto similar por cima das asas de um avião DC3 (Fig. 2), mas cometeu o erro fatal de manter a motocicleta acelerada durante o salto. Por que esse erro lhe causou a vida?

(Fig.2)

Resposta:

Quando a roda traseira deixa a primeira rampa, o atrito que retarda o seu movimento desaparecer de repente. Se a motocicleta ainda estiver acelerada, ela gira mais depressa do que quando estava em contato com a rampa. Como a motocicleta e o motociclista estão no ar, livres de qualquer torque externo, o momento angular do conjunto não pode variar. Assim, quando a roda traseira começa a girar mais rápido, a motocicleta e o motociclista têm que girar no sentido oposto para manter o momento angular inicial. A rotação leva a frente da motocicleta para cima, podendo chegar a 90°, o que torna quase impossível aterrissar na rampa de chegada. Desacelerar a motocicleta no instante da decolagem evitaria essa rotação perigosa. Frear é ainda melhor, porque inclina a frente da motocicleta para baixo, preparando-a para a aterrissagem.

Referências:

WALKER, J. O Circo Voador da Física, 2a edição, LTC - Rio de Janeiro, 2008.


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